Punica granatum

A Romã, Punica granatum, é originária do Médio Oriente e a sua importância é milenar, aparecendo referências nos textos bíblicos, está associada às paixões e à fecundidade. Os gregos consideravam-na como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois acreditava-se nos seus poderes afrodisíacos. Para os judeus,
a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo.Quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egipto, os 12 espias que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová (Deus) prometera. Ela estava presente nos jardins do Rei Salomão. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. Em Roma, a romã era considerada nas cerimónias e nos cultos como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.

Os semitas chamavam-na de “rimmon”, para os árabes era conhecida como “rumman”, e mais tarde, os portugueses chamaram-na de romã ou “roman”. Na Idade Média a romã era frequentemente considerada como um fruto cortês e sanguíneo, aparecendo também nos contos e fábulas de muitos países. Os povos árabes salientavam os poderes medicinais dos seus frutos e como alimento. Tanto a planta, como o fruto, têm sido utilizados em residências ou em banquetes pelo efeito decorativo das suas flores e dos seus frutos, além do seu uso como cerca viva e planta ornamental. Segundo uma antiga crença popular, se levar na carteira três sementes de romã, "dinheiro nunca há-de lhe faltar".

A romã tem como princípios activos: manita, ácido gálico, pelieterina, isopelieterina, grenadina, puricina e tanino. É rica em vitamina E; A, ajudando a manter a pele bonita e saudável e ajuda a visão. Também é rica em vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B5, B6), que auxiliam a circulação, aumentam a resistência às infecções, facilitam a eliminação de líquidos, previnem o stress. Contém também pequenas fracções de ferro e cálcio.