A exposição «1000 Famílias – O Álbum de família do Planeta Terra», da Amnistia Internacional Portugal, vai apresentar-se em Lisboa, no Museu da Marinha, a partir de 15 de Maio e até 30 de Junho.
O fotógrafo Alemão Uwe Ommer percorreu os cinco continentes durante quatro anos (1996-2000) com o objectivo de criar um «álbum de família» para o nosso planeta, segundo o divulgado em comunicado.
Depois de gastar «milhares de rolos de fotografia», já de regresso, seleccionou 1.251 fotografias para integrarem o seu álbum, editado pela Taschen. De acordo com o próprio, o resultado foi «simplesmente magnífico».
O público poderá visitar em Belém, em frente ao Museu de Marinha. A exposição ao ar livre é de entrada gratuita. Fonte: Diário Digital.
Imagens: Uwe Ommer
Foto 187 - Dakar, Senegal, 26 de Abril de 1997
Antigo mecânico de carros, Habdoul é agora o coordenador protocolar presidencial. Organiza a recepção dos convidados de Estado ao mínimo detalhe, desde o momento que chegam ao aeroporto até à sua partida. Na qualidade de Muçulmanos praticantes, dizem-nos: "Nós pregamos à unidade em África e no resto do mundo."
Foto 320 - Proximidades de Diff. Níger, 24 de Julho de 1997
Encontrámos esta família de nómadas Bororo Peuls em movimento, com o seu gado e escassos pertences amontoados no dorso de uns quantos burros. Os jovens rapazes Bororo vestem-se e maquilham-se como mulheres e organizam "competições" de dança e de "revirar olhos" para impressionar o sexo oposto. Divertiram-se imenso a posar para nós, mesmo que a sessão tenha sido algo perturbada pelo rebanho, que tinha de ser impedido de dispersar em direcção ao mato...
Foto 539 - Montalegre, Portugal, 14 de Maio de 1998
Cinquenta cabras, 20 cavalos, 15 vacas e vinha em todo o redor da casa. "Muito trabalho e pouco dinheiro", comenta José, de 77 anos, que vive com a sobrinha de 50. No dia da sessão fotográfica, o sobrinho, um estudante de electrónica de férias, estava a ajudá-los a cortar a erva e a cuidar de umas vacas verdadeiramente espectaculares.
Foto 553 - Saintes-Maries-de-la-Mer, França. 25 de Maio de 1998
"Pépé La Fleur" é um Rei Cigano. É nesta qualidade que resolve conflitos, negoceia com órgãos públicos e toma decisões em prol da comunidade. Tem o privilégio de transportar a Bíblia acompanhando a imagem de Santa Sara, padroeira dos ciganos, durante a procissão de Saintes-Maries-de-la-Mer. Acha que é uma pena as caravanas serem puxadas por carros e diz, meio a brincar: "Hoje em dia, quando se tem um pneu furado, há que remendá-lo, enquanto que antigamente, quando um cavalo partia uma perna, comíamo-lo!" Dentro de dois anos, ele e a mulher celebram as bodas de ouro, juntamente com os 13 filhos e 70 netos – estes números poderão perfeitamente aumentar até lá...
Foto 819 - Lago Titicaca, Peru. 29 de Janeiro de 1999
Felix faz parte das poucas centenas de índios Uros que ainda habitam o Lago Titicaca. É pescador e vende parte da pescaria no mercado de Puno. “Não tive dinheiro suficiente para ir à escola, mas gostaria que os meus filhos estudassem”, diz pensativamente. Ele e a família habitam nas famosas ilhas flutuantes que, tal como a cabana e o barco, são feitas de juncos que crescem em torno do lago. “Temos que estar sempre a acrescentar novas camadas de juncos, caso contrário ficamos com os pés molhados!”, explica Felix.
Foto 958 - Garrni, Arménia. 23 de Agosto de 1999
As pessoas descrevem Garnik como tendo ‘mãos de ouro’. Foi joalheiro até o mercado da joalharia entrar em colapso, tornando-se então sapateiro. “Observei outros sapateiros a trabalhar e folheei catálogos.” Faz sapatos com uma simples máquina de coser e uma grande dose de talento. Naira ensina Arménio na escola secundária e também dá aulas de Inglês e Francês na escola primária. Estão optimistas quanto ao futuro. “Pensam em ter mais filhos?” – “Sim, claro”, respondem. Ambos ajudam os pais, que se reformaram após 25 anos a trabalhar numa fábrica de níquel e que agora cuidam da horta, de um pomar e cultivam uns poucos campos, o seu principal meio de subsistência.
Foto 1063 - Bardia, Nepal. 11 de Novembro de 1999
Pusparat regressou a casa ao anoitecer com o seu elefante carregado de lenha para a cozinha e longas gramíneas para o telhado. Iniciou-se como aprendiz de “mahout” (condutor de elefantes) aos 14 anos e conseguiu o “seu” próprio elefante seis anos depois. É responsável pelo elefante dia e noite e juntos trabalham num campo pertencente ao Parque Nacional de Bardia, onde os elefantes são usados para a limpar a floresta e transportar visitantes ocasionais.
~ 2 comentários: ~
at: 18 maio, 2010 19:55 disse...
excelente trabalho este sobre as 1000 famílias. vale a pena ir até lá!!!
at: 19 maio, 2010 00:22 disse...
Ora aqui está uma exposição que não vou perder!
Obrigada pela informação Rui!
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