24/09/10

Fotógrafo Europeu do Ano é português


Imagem: André Boto

André Boto foi eleito esta quarta-feira, na Alemanha, Fotógrafo Europeu do Ano, pela FEP (Federação Europeia de Fotógrafos). O jovem de 25 anos é o primeiro português a conseguir a distinção. «É uma grande honra estar no top dos fotógrafos europeus. Um enorme prazer. Além disso, consegui trazer o nome de Portugal cá fora. Não só do país, como da AFP e dos fotógrafos portugueses», declarou André Boto, ainda na Alemanha, onde acompanha a feira de imagem Photokina, local onde foram anunciados os vencedores e entregues os prémios. O fotógrafo português, com formação da escola de fotografia Oficina da Imagem, ganhou já 68 concursos em Portugal e recentemente foi nomeado pela Sociedade Portuguesa de Autores na categoria de Melhor Trabalho de Fotografia, tendo perdido o galardão para o fotógrafo Eduardo Gajeiro.

Nascido em Lagos, André Boto já obteve os certificados de «Qualified European Photographer» nas categorias de Retrato e Ilustração, assim como o título de Master, sendo também o primeiro português a obter esta distinção.

Na segunda edição do concurso anual de Melhor Fotógrafo Europeu, (FEP of the Year) André Boto, concorreu contra 700 fotógrafos europeus que enviaram cerca de duas mil fotografias, em seis categorias. Boto foi o primeiro classificado em duas das categorias, Comercial e Ilustração, e ainda o terceiro classificado na categoria de Retrato. No total, o fotógrafo português arrecadou cinco medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze. A imagem que lhe valeu o primeiro lugar na categoria de Ilustração valeu-lhe também o prémio de Fotógrafo Europeu do Ano.

O jovem português tem como principal área de trabalho a fotografia conceptual, onde gosta de romper com os cânones da fotografia tradicional. Licenciado em Artes Decorativas, pela Escola Superior de Educação de Beja, André Boto possui um talento criativo que usa para dar vida a um mundo à parte, visível na exposição «Surrealismo», que correu já várias salas no país, e que retrata vários «mundos em ilhas».

«As minhas principais influências para o trabalho das Ilhas remontam ao meu interesse, desde sempre, pelo surrealismo. O meu autor favorito é M.C. Escher, que tem um trabalho muito ligado ao sonho e ao imaginário», explicou.

Sobre o trabalho, conta ainda que foi um projecto que começou «há um ano e meio» e que de início o objectivo era de apenas uma imagem, mas «o desafio do professor Carlos Marques» levou-o a produzir mais imagens e a compor uma exposição. «Acabei por chegar às 20 ilhas», relata.

O fotógrafo português confessou ainda que não faz a «mínima ideia» como nasceu o gosto pela fotografia, mas lembra que tudo começou quando pediu no aniversário dos seus 18 anos uma máquina fotográfica e recebeu uma de 2 megapixéis.

André Boto possui ainda um vasto conjunto de retratos e vários trabalhos também na área de publicidade. Fonte IOL.

~ 12 comentários: ~

Chapa says:
at: 24 setembro, 2010 01:14 disse...

É um prazer ler uma notícia destas e o puto é mesmo bom. Obrigado Ruimnm por nos trazeres a boa nova.

João Menéres says:
at: 24 setembro, 2010 01:20 disse...

Subscrevo a totalidade das palavras do CHAPA!

Anónimo
at: 24 setembro, 2010 09:45 disse...

Fico satisfeito por saber que a Fotografia em Portugal respira saúde!

alfonso says:
at: 24 setembro, 2010 21:37 disse...


No es de extrañar. La foto mostrada es fantástica.

Saludos

CR LMA
________________________________

Gonçalo says:
at: 25 setembro, 2010 01:21 disse...

É sempre bom ter alguma representação nacional de sucesso no estrangeiro, embora a foto que apareça aqui seja uma photoshopada (embora excelentissíma)

Teté M. Jorge says:
at: 25 setembro, 2010 02:47 disse...

UAU! O camarada é genial!

Beijos.

Remus says:
at: 27 setembro, 2010 21:13 disse...

O homem tem jeito, mas na minha opinião acho que um bom fotógrafo é aquele que fotografa e não aquele que edita.
Neste sentido, acho que o Rui é muito mais fotógrafo que ele.

Anónimo
at: 27 setembro, 2010 21:15 disse...

Remus, fico satisfeito por ele ser português e ser bom naquele género. De facto, não faz o meu género, pois ultrapassa um pouco os limites que eu estabeleci para distinguir uma fotografia de uma composição.

Unknown says:
at: 27 setembro, 2010 22:36 disse...

Oh, Remus, esse Rui não sou eu, pois não?
É que nem por sombras me coloco neste patamar. pois ele não faz só photoshopada, como diz o Gonçalo.

Remus says:
at: 29 setembro, 2010 20:43 disse...

Não faz só, mas a maioria do seu trabalho é "photoshopado".
Aliás, nova a geração de "grandes fotógrafos" parece que passa mais tempo em frente ao computador a editar as suas fotografias, do que efectivamente a fotografar.

Em relação ao Rui de que falei. É claro que és tu!
:-)

Nuno Sousa says:
at: 05 outubro, 2010 14:07 disse...

aquile prémio devia fazer-nos reflectir um pouco sobre FOTOGRAFIA. Já aqui foram dados alguns tópicos.
Não aprecio particularmente o uso intensivo do Photoshop. Coloco até em dúvida se aquilo é realmente fotografia.

Quetzal says:
at: 03 dezembro, 2011 22:41 disse...

Eu adoro o trabalho do André Boto, obviamente que tem muitas manipulações nas suas imagens, mas a criatividade a qualidade das composições é brilhante, quem me dera saber fazê-lo. Independente de ser fotografia ou não, isto é ARTE!

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