07/07/09

Candida Höfer em Braga


A Galeria Mário Sequeira, em Braga, inaugurou no dia 4 de Julho de 2009, pelas 18h00, uma exposição individual de Candida Höfer, que contou com a presença da Artista.

Nesta exposição, são apresentados 14 trabalhos fotográficos de grandes dimensões, seleccionados pela Artista e pela Galeria, é a primeira que a Artista apresenta numa galeria privada no nosso País e poderá ser visitada até ao dia 15 de Setembro.

Candida Höfer (1944 Eberswalde, Alemanha) estudou na Kunstakademie de Dusseldófia, primeiro Cinema, com Ole John, depois Fotografia, com Bernd Becher. O seu trabalho já foi exposto em museus como as Kunsthalle de Basileia e de Berna, o Portikus, de Frankfurt, a Kunsthalle de Hamburgo, o Power Plant, de Toronto e, em 2006, no Museu do Louvre, Paris. Participou em inúmeras exposições colectivas, nomeadamente no Museu de Arte Moderna (MOMA), Nova Iorque, Na Kunsthaus Bregenz, no Museu Ludwig, Colónia, e, em 2002, na Documenta 11, Kassel. Em 2003, a Artista representou a Alemanha na Bienal de Veneza. Candida Höfer vive e trabalha em Colónia.

“A ordem das suas fotografias ecoa a ordem – física, espiritual, cultural e económica – reconstituída nos anos dos pós guerra da infância da Artista na arquitectura dos espaços públicos que viriam a ser o cenário para as ideologias renovadas da vida social. Agora, Höfer olha intensamente para essas estruturas, enquanto nós, as gerações, passamos através delas absorvendo distraidamente as visões de eternidade, de sabedoria e de rectidão nelas contidas. Trata-se de visões Europeias que foram exportadas para todo o mundo e se manifestam nas paisagens urbanas e mentais de outras nações.
(…)
As exposições e os livros de Candida Höfer criam um “museu sem paredes” em que podemos começar a perceber e a compreender as camadas complexas de sentido inerentes às expressões arquitectónicas ocidentais – em que as suas interligações ideológicas, as suas semelhanças e as suas diferenças, as suas características locais e globais, são visíveis perante o nosso olhar de uma maneira não distraída. As suas imagens, vistas em conjunto, proporcionam uma perspectiva panorâmica, construindo, por acumulação, uma imagem credível do alcance extensivo da Modernidade Iluminada: das suas forças e das suas glórias , dos seus falhanços e pretensões e dos seus sonhos de universalidade , tal como foram exportados (tal como a sua arte) para todo o mundo.
(…)
O seu registo arquivístico da arquitectura pública faz um inventário do sonho: preserva-o em duas dimensões, congela-o no tempo, faz dele um monumento fotográfico antes que volte a desaparecer – talvez devastado pela guerra, pela insegurança ou por desastres naturais, ou simplesmente pelo avanço incontrolável do tráfego global na auto-estrada da informação. A sua câmara, as suas exposições prolongadas e o seu olhar interminável são pontos estáticos num mundo em mudança, eternizando (tal como a própria arquitectura) aquilo que foi, e aquilo que será, transitório.”
(Shelley Rice, 2006 - Profundidade, Contida -
in “Candida Höfer em Portugal”)

(Fonte: Galeria Mário Sequeira)

Candida Hofer na Rena Bransten Gallery Aqui.

Foto: Candida Hofer, Teatro Nacional de São Carlos, Lisboa, 2005.

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