20/02/10

Infravermelho: 100 anos de existência


Apresentada em 1910 como uma complexa exploração científica, a fotografia de infravermelhos está hoje ao alcance de qualquer um com uma câmara digital. É tempo de celebrar um século de uma magia que atravessa as nossas vidas da ciência ao Big Brother.

Em Outubro de 1910 o Professor Robert Wood apresentou à Royal Photographic Society, em Londres, um documento sobre “Fotografia com Raios Invisíveis”, descrevendo o uso de uma placa de infravermelhos para criar uma imagem permanente quase infravermelha. Desde então o desenvolvimento das imagens de infravermelhos permitiram criar aplicações transversais a todas as áreas, da medicina à indústria ou astronomia.

É isso que a Royal Photographic Society pretende celebrar em Outubro de 2010, numa comemoração que de alguma forma se estende durante todo o ano e se alarga também a outras entidades, como a Royal Astronomical Society.

A identificação dos raios infravermelhos é atribuída a Sir William Herschel, que apresentou os seus trabalhos à Royal Society em 1800 e que se tornaria no primeiro presidente da Royal Astronomical Society, fundada em 1820. É um longo caminho que nos traz até ao lançamento, em 2009, do telescópio espacial Herschel, com um sistema de câmara de infravermelhos multi-espectral a bordo. Algumas das imagens obtidas desde então serão apresentadas em Outubro nas conferências de celebração de um século desta outra forma de ver.

Um dos atributos criativos da fotografia de infravermelhos é a capacidade de mostrar uma visão distinta de uma cena em contraste com aquilo que o olho humano vê. O termo infravermelho (que significa depois do vermelho) sugere a região do espectro que está para lá do vermelho que o olho consegue ver.

O que a visão de infravermelhos nos dá é a capacidade de “ver” para lá do espectro visível, através da utilização de filtros que permitem a passagem de comprimentos de onda para acima dos limites do... visível.

Num século as aplicações dos infravermelhos alargaram-se a praticamente todas as áreas, até à fotografia artística. Na televisão os estudos da natureza revelam o uso de infravermelhos no comportamento nocturno de animais, em perseguições policiais as técnicas IR são usadas. Mesmo para programas como o Big Brother o recurso a IR é obrigatório para seguir o movimento dos participantes.

Em Outubro de 2010 a RPS vai apresentar uma exposição sobre o tema na sua sede em Bath, mas a “febre” dos infravermelhos vai estender-se por toda a Internet ao longo do ano. Um sítio a visitar para saber mais é o blog criado por Andy Finney, responsável do grupo de trabalho Infrared 100, que pretende incentivar as pessoas a reunirem-se para celebrar esta data.

Andy Finney afirma que se trata de um momento que clubes de fotografia podem usar para mostrar o trabalho dos seus membros, e que existem diversas formas de as pessoas participarem nesta celebração. E salienta que os infravermelhos nos deixam ver o mundo de uma forma diferente e nos permitem mesmo ver o nascimento das estrelas: não é isso excitante? Fonte: FotoDigital

Saiba mais visitando Infrared 100

~ 1 comentários: ~

Remus says:
at: 20 fevereiro, 2010 19:49 disse...

Confesso:
Com a minha máquina nova, também comprei um filtro de infravermelhos. Agora tenho é que o experimentar!
:-)

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